Centro Clínico Águas Livres

Apesar de muito frequentes, as formas de cancro da cavidade bucal são mais fáceis de prevenir do que muitos outros tipos de cancro. Mas o que é na verdade o cancro oral?

O cancro oral é definido pelo conjunto de tumores malignos que afetam qualquer localização da cavidade oral, dos lábios à garganta, incluindo as amígdalas e a faringe.

É um tipo de cancro que se localiza mais frequentemente no pavimento da boca (mucosa abaixo da língua), bordo lateral da língua e no palato mole.

Tendencialmente, este cancro desenvolve-se mais em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. O tabaco, combinado com o excesso de bebidas alcoólicas, é um dos principais fatores de risco.

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Tal como todas as outras tipologias de cancro, é importante detetar o cancro oral numa fase precoce para o sucesso do seu tratamento por isso, para além das idas regulares ao seu dentista, fique atento aos seguintes sintomas:

– Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra com facilidade e não melhora com o tempo;
– Um caroço ou inchaço na bochecha que sente ao passar a língua;
– Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
– Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;
– Dificuldade em mastigar ou engolir;
– Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;
– Inchaço que impede a adaptação correta da prótese;
– Mudança na voz.
Os procedimentos médicos nesta tipologia de cancro podem exigir desde cirurgias para a sua remoção, radioterapia ou quimioterapia. Contudo, os tratamentos variam sempre de paciente para paciente, pois cada caso é diferente e necessita de cuidados específicos.

O maior problema reside no fato de continuarem a verificar-se elevadas taxas de diagnóstico em fases já muito avançadas da doença, dificultando ou impossibilitando a sua cura. É por este motivo que o cancro oral pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência estimada de cinco anos.

Todavia, existem algumas medidas preventivas que podem reduzir o desenvolvimento desta doença, nomeadamente: proteger os lábios do sol; evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco; reparar os bordos ásperos de dentes quebrados ou das obturações e comer alimentos ricos em vitaminas C e E e betacarotenos, como a cenoura e a manga.

Para além de todas estas medidas, é fundamental consultar o seu médico dentista pelo menos 2 vezes por ano.